
Pouco se fala, mas o Brasil detém mais de 90% da produção mundial de nióbio, metal indispensável para turbinas de avião, reatores nucleares, foguetes, oleodutos, veículos elétricos e implantes biomédicos. Discreto no noticiário cotidiano, o nióbio é pilar silencioso da indústria global de alta performance.
O dado não é apenas técnico, é geopolítico.
Com aproximadamente 90% das reservas conhecidas, o Brasil ocupa uma posição de soberania mineral rara e estratégica. Os Estados Unidos, por exemplo, importam em média 80% do nióbio que utilizam diretamente do Brasil. Documentos recentemente divulgados mostram a inquietação de Washington com essa dependência. O Pentágono já classificou o nióbio como mineral crítico.
Empresas brasileiras como CBMM (Araxá) e CMOC Brasil lideram o setor com tecnologia de ponta, mas o que está em jogo vai além da esfera empresarial, trata-se de soberania tecnológica, diplomacia mineral e segurança nacional.
Transformar essa vantagem em política industrial, inovação e liderança global é imperativo. O nióbio não é apenas um recurso, é uma alavanca estratégica para o Brasil reposicionar-se no novo tabuleiro da ordem econômica e tecnológica global.
O nióbio é mais do que metal, é estratégia nacional.
E precisa estar na pauta pública.
Tendo em vista a relevância do mineral, na ordem executiva que Donald Trump sancionou no dia 30 de julho, e que retirou alguns itens da taxação dos 50%, obviamente o nióbio é um deles.
Trump conhece perfeitamente a importância estratégica desse mineral.
Link para acesso à ordem executiva completa: https://www.whitehouse.gov/presidential-actions/2025/07/addressing-threats-to-the-us/